Hoje, praticamente todas as empresas, grandes ou pequenas, dependem da tecnologia para suas operações diárias.
Essa dependência também traz um risco: a exposição a ataques digitais, como roubo de dados, golpes por e-mail e sequestro de sistemas (ransomware).
Esses incidentes não atingem apenas grandes corporações; pequenas e médias empresas também são alvos frequentes e podem enfrentar sérias consequências financeiras e de reputação. De acordo com pesquisas recentes, o ransomware continua crescendo, e a IBM apontou que, em 2025, o custo médio de uma violação de dados nos Estados Unidos chegou a US$10,22 milhões.
Nesse artigo vamos tratar de:
- O que é Cyber Liability Insurance (Cyber Insurance) e como funciona nos EUA;
- Tipos de ataques mais comuns;
- Impactos de um ataque cibernético em pequenas empresas;
- Custos médios de recuperação após violações de dados;
- Benefícios de contar com um seguro cibernético para segurança e credibilidade;
- Como avaliar coberturas e exclusões mais frequentes.
O que é Cyber Liability Insurance (Cyber Insurance)
Cyber Insurance é a apólice que protege sua empresa contra perdas decorrentes de ataques cibernéticos e violações de dados. Ele combina dois tipos principais de cobertura: primeira parte e terceira parte.
Cobertura de primeira parte
É aquela que protege diretamente a sua empresa e cobre os prejuízos internos sofridos durante ou após um ataque. Em resumo, ele paga os danos que a sua empresa sofre diretamente. Isso pode incluir:
- Custos de investigação forense e restauração de sistemas;
- Notificação de clientes afetados e monitoramento de identidade;
- Despesas com relações públicas para mitigar danos à imagem;
- Perda de receita devido à interrupção de negócios;
- Extorsão cibernética (ransomware), quando prevista na apólice.
Cobertura de terceira parte
Já a cobertura de terceira parte se refere a responsabilidades legais que sua empresa pode ter perante clientes, parceiros de negócios, fornecedores ou até órgãos reguladores após uma violação. Em resumo, cobre os danos que terceiros sofrem em consequência de um incidente na sua empresa. Costuma abranger:
- Custos com defesa jurídica em processos de clientes prejudicados;
- Indenizações em caso de condenação judicial ou acordos;
- Multas e sanções regulatórias (quando a legislação local permitir que sejam seguradas);
- Custos de resposta a investigações oficiais.
Como funciona nos EUA
Antes de contratar (subscrição)
A seguradora analisa como está a proteção digital da empresa. São avaliados pontos como uso de senhas seguras e autenticação em duas etapas, existência de cópias de segurança (backups), atualização de sistemas e regras de controle de acesso. Quanto melhores forem essas práticas, mais fácil é conseguir o seguro e com custos menores.
Acionamento
Quando ocorre um evento segurado (ex.: violação de dados, ransomware ou indisponibilidade), a apólice é ativada e a seguradora coordena um time especializado para resposta.
Exclusões comuns
Atos de guerra cibernética, incidentes ocorridos antes da vigência da apólice e má-fé deliberada.
Tipos de ataques mais comuns
- Roubo de dados (data breach): acontece quando informações sensíveis, como dados pessoais de clientes, números de documentos ou informações financeiras, são acessadas ou copiadas sem autorização. Isso pode gerar processos, multas e perda de confiança.
- Ransomware: é um tipo de ataque em que criminosos bloqueiam os sistemas ou arquivos da empresa e só liberam o acesso mediante pagamento de um “resgate”. Mesmo pagando, não há garantia de recuperação total.
- Phishing e Business Email Compromise (BEC): nesse tipo de golpe, os criminosos usam e-mails ou mensagens falsas para enganar funcionários e obter senhas, dados ou transferências de dinheiro. O phishing é mais genérico, enquanto o BEC foca em se passar por fornecedores, chefes ou parceiros para desviar pagamentos.
Impactos em pequenas empresas (PMEs)
Para pequenas empresas, um ataque pode significar dias de paralisação, perda de confiança de clientes e grandes despesas inesperadas. Muitos negócios não resistem ao impacto financeiro e reputacional de uma violação, tornando o seguro cibernético uma peça-chave na estratégia de resiliência.
Custos médios de recuperação após violações
Segundo a IBM, em 2025 o custo médio global de uma violação foi de cerca de US$ 4,4 milhões, enquanto nos Estados Unidos esse valor subiu para US$ 10,22 milhões por incidente, puxado por multas, ações regulatórias e custos de detecção e resposta.
Para pequenas e médias empresas, mesmo quando não há pagamento de resgate, a interrupção das operações e os gastos com recuperação podem consumir rapidamente o caixa da empresa. O Cyber Insurance ajuda a mitigar esse impacto, oferecendo cobertura financeira e suporte técnico especializado.
Benefícios de contar com Cyber Insurance
- Proteção financeira: cobre investigação, restauração, notificações, monitoramento de identidade e, em algumas apólices, interrupção de negócios.
- Resposta mais rápida: acesso imediato a especialistas técnicos, jurídicos e de comunicação.
- Credibilidade e compliance: demonstra responsabilidade junto a clientes e autoridades.
- Cobertura de extorsão (quando prevista): suporte na negociação e eventual pagamento de resgates.
Como escolher a apólice certa
- Verifique o que está incluído na cobertura: o ideal é que a apólice traga tanto a proteção de primeira parte (para os prejuízos internos da sua empresa, como recuperação de sistemas e interrupção de negócios) quanto de terceira parte (para responsabilidades legais com clientes e parceiros). Veja também se os valores de cada cobertura são suficientes para a sua realidade.
- Confira as exigências da seguradora: muitas companhias pedem que a empresa adote medidas mínimas de segurança, como autenticação em duas etapas, backups atualizados e sistemas antivírus. Essas práticas podem influenciar no preço e até na aceitação do seguro. Para entender melhor esse processo, veja o artigo Como preparar a sua empresa para uma auditoria de seguros no blog da Breezy Seguros.
- Leia as exclusões com atenção: toda apólice tem situações que não são cobertas, como ataques ligados a guerras cibernéticas ou incidentes anteriores à contratação. É importante saber de antemão o que não terá proteção.
Cyber Insurance como parte da sua estratégia de resiliência
O Cyber Insurance não substitui controles de segurança, mas é um pilar essencial para reduzir o impacto financeiro e proteger a credibilidade da sua empresa.
Com a crescente sofisticação dos ataques e custos cada vez mais altos de recuperação, ter esse seguro já não é opcional, mas sim estratégico para garantir a continuidade dos negócios.
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