A cidade de Governador Valadares é um fenômeno migratório. Desde os anos 40 o “American Way of Life” entrou no imaginário da cidade e daí pra frente, a conexão Valadares – EUA só cresceu. 

  • Excluindo capitais, Governador Valadares é a cidade brasileira que mais envia emigrantes para os Estados Unidos. É a 7ª incluindo capitais!
  • Estima-se que 20.000 valadarenses moram nos EUA. Cerca de 40.000 habitantes (15% da população) já emigraram em algum momento.
  • 1 de cada 4 eleitores de GV vive nos Estados Unidos.
  • 82% dos domicílios da cidade têm pelo menos um integrante em solo americano. 

Fonte: IBGE, Ministério das Relações Exteriores

Se você não for nascido em Valadares, provavelmente conhece alguém de lá. Mas por que tanta gente saindo dessa mesma cidade do interior de Minas e vindo para os Estados Unidos?

Quando, como e quem começou essa história em Valadares? 

Tudo começou em 1940, Minas Gerais estava em pleno desenvolvimento industrial, criação da Vale do Rio Doce, crescimento da exploração mineral e expansão das linhas férreas pelo estado. 

Justamente em uma obra de construção de ferrovias que engenheiros dos Estados Unidos se instalaram temporariamente na região. Muito da admiração com o estilo de vida americano e do sonho de sucesso em terras mais ao norte, começa dessa interação.

Depois do fim das obras, Mister Simpson e sua esposa, Geraldina Simpson, ficaram em Valadares e decidiram abrir uma escola de inglês que levou o primeiro programa de intercâmbio para a cidade. Na década de 60, os primeiros valadarenses chegaram nos EUA. 

Com eles, em uma época em que essa era uma oportunidade restrita às capitais do país, valadarenses de classe alta foram passar um ou dois anos estudando fora. Quando voltavam, encantavam a cidade com as histórias sobre as maravilhas da vida na América.

Por volta dos anos 80, com a crise econômica e a inflação alta, o número de brasileiros em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos aumentou. Porém, os vistos para trabalho começaram a ficar difíceis de conseguir e até mesmo os de turista passaram a ser negados, e assim os aspirantes a imigrante conheceram as possibilidades dos documentos falsificados e das travessias pelo México. 

A formação dos laços sociais consolidados ao longo das décadas tornava, para muitos valadarenses, migrar para os Estados Unidos mais fácil e familiar do que sair de outras cidades. A crença de que aqui tudo seria melhor manteve o interesse dos mineiros, que mesmo com as dificuldades, continuaram dando seu jeito de chegar na terra do tio Sam. 

O perfil dos emigrantes, no entanto, mudou bastante desde os anos 60: os primeiros a deixar o país eram de famílias ricas e foram com visto e intercâmbio programado. Já nos anos 80 quem foi tentar a vida nos EUA tinha em grande parte o ensino fundamental completo (36%), entrou pela fronteira do México ou Canadá (51%) e, em alguns casos, usando documentos falsos (10%). 

Foi neste período que Governador Valadares recebeu a fama de ser um exportador de imigrantes ilegais, “título” que tem caído por terra nos últimos anos, devido ao aumento de brasileiros qualificados e trabalhando legalmente na América.

Profissionais qualificados e os novos imigrantes

Principalmente pela ausência de profissionais em diversas áreas vitais nos Estados Unidos, quem está qualificado e preparado consegue ter espaço. O país sofre com a falta de médicos, dentistas, engenheiros, profissionais de TI, fisioterapeutas, enfermeiros e outra profissões que exigem conhecimento técnico, muito estudo e certificação. 

O Brasil e, em especial, Minas Gerais, é considerado um celeiro de talentos e referência internacional para muitas destas profissões. É claro que a dificuldade na validação de diplomas, conferência de referências e documentação são obstáculos extras, mas não intransponíveis.

Imigrantes indocumentados

Ainda que a tendência esteja mudando, o caminho de muitos mineiros para entrar no país continua sendo irregular. Dos 520 imigrantes ilegais brasileiros deportados pela imigração em 2020, pelo menos um terço era proveniente de Minas Gerais. 

O que preocupa é que muitas das pessoas deportadas são qualificadas o suficiente para entrar de forma legal, com vistos de trabalho ou green card. A falta de tempo para esperar e a falta de informação, muitas vezes, guiam o candidato a cidadão americano, para seguir um caminho mais arriscado, porém imediato. 

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